reflexões de uma gestante

Apesar de começar tarde (30 semanas das 40 previstas de gestação) queria registrar aqui algumas impressões sobre essa experiência quase extra terrestre que é gerar um filho (no meu caso uma filha). Quem sabe depois dela nascer mudo o nome para "reflexões de uma mãe de 1ª viagem" e continuamos trocando idéias....

28 agosto 2006

Na ponta da língua

Não vou mentir não: esse finzinho tá dose pra leão. Uma amiga, conseguiu resumir mais ainda como é essa fase. Ela disse que o tempo que dura uma gestação são “8 meses e um ano”. Tô de pleno acordo.

Mas essa é pra rir. Pra vocês não acharem que eu sou só banha, inchaço e mau humor.

Cena um:
Banheiro feminino da empresa, após o almoço. Estamos eu e outra gestante trocando figurinhas. Entram outras duas moças. Uma delas fala:

- Essa empresa tá um perigo! Acho que eu não vou beber mais a água desse andar!

A outra moça responde: - É mesmo! Tem tanta grávida que tem que tomar cuidado pra não sentar na cadeira de nenhuma!

Eu: - Ué, porque?

- Você não sabia? Dizem que se você senta na cadeira de uma grávida você é a próxima!

Resposta oficial: - É, essa eu não sabia não....

Resposta que ficou na ponta da língua: - Bom, cadeira de grávida eu não me lembro de ter sentado em nenhuma, mas me lembro de ter sentado em um outro lugar que acho que foi por isso que eu fiquei assim...

Cena dois:
Sala de espera do obstetra. Sai uma gestante tão enorme quanto eu, e comenta:

- Nossa você já está quase lá também né? Quantas semanas?

- 37.

- Eu também!É menino ou menina?

- É menina.

- A minha também!

- A data da última menstruação foi 05/12?

- Foi!

- A minha também! Então nossas filhas estão previstas para nascer no mesmo dia! Disse ela animadíssima com a coincidência e complementando: - Só que a minha eu inseminei!

Resposta oficial: - Que legal! Que bom que deu certo né?
Resposta que ficou na ponta da língua: A minha eu bimbei mesmo!

;o)

O nome

OBS: gente, juro que não era pra fazer mistério, pretendia colocar esse post no ar em seguidinha do anterior, mas não deu tempo! Agora vai!

Então como eu prometi, hoje vou contar como escolhemos o nome da pequena, mas eu queira voltar bastante no tempo. Vocês tem tempo?

Meninos gostam de carrinhos e sonham ser jogadores de futebol. Quando crescem mais um pouquinho, eles sonham com carrões e continuam sonhando em serem jogadores de futebol. Meninas gostam de bonecas e sonham ser famosas (cantando, dançando, sendo atriz, modelo...). Quando crescem mais um pouquinho elas continuam sonhando em serem famosas, e sonham com uma família e filhos e escolhem nomes para eles.

No meu caso, quando tinha uns 10 anos, o plano era o seguinte: eu acreditava que o mundo ia acabar no ano 2000, então queria casar aos 24, ter um filho aos 26 e outro aos 28 e depois o mundo poderia se explodir. Meu filho se chamaria Nicolas, e minha filha Dafne (é claro que seria um casal) e meu casal de Filas (eu gosto de cachorro grande) se chamariam Whisky e Tequila.

Ainda gosto de Nicolas, mas Dafne definitivamente está fora de questão.

O problema é que de uma forma geral, nós mulheres esquecemos de considerar ao escolher prematuramente o nome para os filhos, uma opinião fundamental: a do pai da criança.

Tirando raras exceções, eles gostam, podem e devem participar, e se você é uma daquelas que escolheu que tem-que-ser-esse-nome há anos, pode ter problemas.

Eu gosto de nomes diferentes e estrangeiros, meu marido de nomes bem brasileiros. Concordamos em dois pontos apenas: não gostamos de nomes compostos e ambos gostamos de nomes curtos.

Ainda sem saber o sexo da criança, quando confirmamos a gravidez no dia 04 de janeiro, começaram as negociações. Foi um desastre. Se fosse menina eu queria que se chamasse Aimê. Ele disse que a filha dele não teria nome gringo e que queria que fosse Maria. Eu respondi com uma delicadeza paquidermica: - Minha filha não vai se chamar Maria nem fudendo!” Pronto. Foi o que bastou pra passarmos um bom tempo tendo furiosas discussões e caras feias ao se falar de nome para o bebê.

Pra acabar com o stress, ele passou a responder assim a cada nova tentativa minha de discutir o assunto: “- Vamos esperar saber o sexo, depois a gente decide...”

Um dia eu perguntei:
- o que você acha de Laís?
- É legal, mas vamos esperar saber o sexo, depois a gente decide...
- Se for menino eu gosto de Davi. E você?
- Num sei. Vamos esperar saber o sexo, depois (e etc)....

Dia 27 de março foi o tão esperado dia. Eu não tive nenhum tipo de “instinto materno” de achar que era menina ou menino, e ficava passada quando alguém me vinha com um presente rosa e dizia: “- Ah! Mas eu tenho certeza que vai ser menina!” Como assim?? Eu que sou a mãe não tinha, como os outros poderiam ter?

Assim, sem ter certeza nenhuma, a não ser que fosse o que fosse nós rezávamos era pra que tivesse saúde, fomos nós para o exame de ultra som. Não teve essa de fechar ou cruzar a perna e fazer mistério. Foi o médico encostar o aparelho na minha barriga pra decretar que teríamos uma menina com 100% de certeza.

Ainda sobre o impacto da notícia, esperando o exame ficar pronto, falei:
- E aí papai? O que você acha de eu me chamar Nina?
- Nina? Eu gosto, mas você não tinha falado Laís?
- Tinha, mas como você não esboçou reação achei que você não tinha gostado....
- Eu gosto muito mais do que Nina!
- Jura? Então tá decidido: vai se chamar LAÍS e não se fala, mais nisso!!!

24 agosto 2006

É claro que ela tem nome!

Muitos tem me perguntado porque só me refiro a minha filha como “a menina, minha pequena” e outros substantivos assim. Já tem gente achando que ela não tem nome ainda, já que eu nunca falei aqui.

Eu acho lindo essa coisa de não querer saber o sexo no ultra som, e só escolher o nome depois de “olhar a carinha do bebê”. É super, mas é coisa de quem é muito bicho grilo! Eu não sou assim, mesmo querendo viver pelada e pintada de verde!

A questão é a seguinte: quando publiquei o blog, tinha o firme propósito de não citar nomes aqui para não expor ninguém (sei lá, vai que alguém não gosta), mas esse propósito já foi por água abaixo alguns posts atrás, como vcs bem sabem, se tem lido minhas abobrinhas.

Depois, o pai dela é muuuuuito extrovertido, espontâneo,conversador e tudo, mas também é muuuuuito reservado no que se trata da vida pessoal dele. Pra vocês terem uma idéia, apesar de ser fotógrafo ele já me pediu que não quer saber de fotolog da pequena na internet.

Tenho que respeitar né? Por esse motivo, tento sempre apresentar o meu ponto de vista em relação às experiências quase-extra-terrestres da maternidade, sem envolver muitos detalhes dos pontos de vista dele ou do nosso relacionamento.

Vão se conformando, acho que a única foto que vocês verão da nossa filhota na rede será no site da perinatal, onde ela deve nascer...

Já já conto como chegamos, enfim, ao nome!

16 agosto 2006

Reta finalíssima



Essa sou eu com 36 semanas de gravidez. Se minha filha nascesse exatamente no dia previsto, hoje faltariam 27 dias para ela nascer. Como podem ser duas semanas antes ou duas depois da data prevista (12/09) vamos aguardando...

10 agosto 2006

Sumiço

Eu sei que ando sumida, mas é que o trabalho tem exigido muito de mim, eu estou imensa e exausta. Quando saio da frente do computador não sobra mas ânimo pra escrever.

Mas não, não pari ainda. Juro que volto em breve, é só sobrar um tempinho (e um fôlegozinho também não é mal). Ainda tem algumas coisas que queria registrar antes dela nascer, e aí sim, de fato, ficar um bom tempo sem passar por aqui.

No próximo post vou falar da questão do nome, algo que muitos tem me perguntado...

Aguardem, eu volto!

03 agosto 2006

Rapidinha: 7- pipi stop

Estou na 34ª semana. No princípio da gravidez, eu acordava de hora em hora para fazer xixi. Fiquei super a fim de colocar uma sonda. Meu médico riu e advertiu:
-“No início é assim mesmo, depois melhora um pouco e no final piora de novo!”

Dito e feito: nesse fim de semana voltei a acordar quase de uma em uma hora para meu sagrado pipi stop. Não consigo dormir direto mais. Durante o dia tenho a nítida impressão de que a menina pesa mesmo sobre minha bexiga e a pobrezinha perdeu aquela capacidade de antes. Se antes cabia sei lá, um litro, agora cabe só meio...

E desenvolvi uma teoria. Isso é Deus fazendo com que a gente comece um treinamento para as noites entrecortadas que estão por vir!